Livros e coletâneas

Repressão militar-policial no Brasil – o livro chamado João

por Aton Fon Filho (org.); Anton Fon Filho, Carlos Lichtszejn, Celso Antunes Horta, Gilberto Luciano Beloque, Hamilton Pereira da Silva (Pedro Tierra), José Carlos Vidal, Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, Paulo de Tarso Vannuchi, Reinaldo Morano Filho.

Concebida e executada clandestinamente na década de 1970 na Casa de Detenção de São Paulo por um coletivo de escritores, A repressão militar-policial no Brasil procurou colocar-se como parte da resistência dos presos políticos e do povo brasileiro à ditadura instalada no País. A obra é de autoria coletiva cujo núcleo básico de presos políticos era constituído por militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN), ao qual se juntaram combatentes de origem no Movimento de Libertação Popular (Molipo) e na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR): Aton Fon Filho, Carlos Lichtszejn, Celso Antunes Horta, Gilberto Luciano Beloque, Hamilton Pereira da Silva/Pedro Tierra, José Carlos Vidal, Manoel Cyrillo de Oliveira Netto, Paulo de Tarso Vannuchi, Reinaldo Morano Filho.

O longo ensaio de 267 páginas, sob o pseudônimo de João, viveu quatro décadas na clandestinidade.

Agora, ao ser editado, espera contribuir com o entendimento daquele período do passado e com a construção do futuro. Sua tese central – esmiuçando o processo de “abertura lenta, gradual e segura” garantido pelo grupo hegemônico da ditadura – mostra-se consistente ainda hoje e contribui para a análise do estágio da luta de classes no Brasil e contra a criminalização dos movimentos sociais. Um livro para pesquisadores, professores e estudantes do ensino médio, de direito, sociologia, história, e militantes sociais

Brasil em Fúria. Democracia, Política e Direito

por Giane Ambrósio Alvares, Marcelo Semer, Marcio Sotelo Felippe

Os autores deste livro, Giane Ambrósio Alvares, Marcelo Semer, Marcio Sotelo Felipe, Patrick Mariano e Rubens Casara, são nomes fundamentais da luta jurídica brasileira atual. Juristas de altíssima formação, reúnem as mais variadas experiências profissionais – na advocacia, na magistratura e procuradoria – a um compromisso sólido e profundo com o povo, a classe trabalhadora e os explorados. Acompanho-os há anos, como fraternos amigos e companheiros nos espaços do Direito, na luta e na convivência de vida, encontrando em todas as especiais conjunções de garra e ternura, razão vastíssima e coração fraterno. São cinco dos melhores personagens de nossa atual história. Suas palavras e este livro devem ser lidos como testemunhos de quem não se calou: vozes que ecoam o contracanto do hoje e, quiçá, sejam vozes de prenúncio do canto geral do futuro.

O Direito do Campo no Campo do Direito. Universidade de Elite Versus Universidade de Massas

por Aton Fon

A Turma Evandro Lins e Silva – 1ª turma de bacharéis em Direito oriundos de assentamentos agrícolas – foi constituída porque os movimentos sociais, que lutam pela reforma agrária, sabem que as mudanças na estrutura agrária brasileira devem ir além do simples assentamento nas glebas rurais. A reforma agrária é a realização de um conjunto de medidas que passa pela distribuição da terra nos lotes dos assentamentos, incentivos fiscais, crédito, moradia, saúde, e principalmente educação e formação técnica. Este Livro nasceu para registrarmos o esforço desenvolvido pelos professores da Universidade Federal de Goiás – Campus Cidade de Goiás –, do Instituto Nacional de Reforma Agrária – INCRA, e do Pronera, aos quais em nome de todos os movimentos sociais, agradecemos. Queremos registrar também o esforço desenvolvido por alguns integrantes do Ministério Público Federal na tentativa de extinguir a iniciativa, pretendendo, via Ação Civil Pública, impedir a conclusão dos estudos. Convidamos o Tia go Lins e Silva para nos brindar com um texto, e que fomos prontamente atendidos. Os estudantes foram convidados a escreverem e registrarem os principais aspectos que viveram desde a preparação para o vestibular até a conclusão do curso. Aqui também apresentamos as razões da apelação apresentadas pelos estudantes, pelo INCRA e pela UFG na Ação Civil Pública.

Crítica da crítica da democracia

por Patrick Mariano

Em tempos de emergência global da extrema-direita e do golpismo, a crítica às contradições da democracia liberal deixou de ser um monopólio do pensamento marxista, e até mesmo os mais convictos liberais são obrigados a reconhecer a “vertigem” que põe em cheque suas ilusões acerca do suposto progresso linear da “civilização” burguesa ao longo do tempo.

Nesse contexto, é mais importante do que nunca compreender que nem todo reconhecimento crítico dos limites da democracia liberal se traduz em uma alternativa de transformação social.

Nesta obra, Patrick Mariano apresenta um panorama contemporâneo das teorias críticas da democracia, analisando suas contribuições e, por outro lado, seus limites. Passando por pensadores como Jacques Rancière, Colin Crouch, Rubens Casara, Carl Schmitt, Walter Benjamin, Giorgio Agamben, Paulo Arantes, Vladimir Safatle, David Harvey e Naomi Klein.

O livro Crítica da crítica da democracia: exceção e choque segundo as formas sociais do capitalismo é uma carta de navegação indispensável para a crítica marxista contemporânea frente às críticas não-marxistas da democracia liberal.

Brasil Despedaçado

por Giane Ambrosio Alvares, Marcelo Semer, Marcia Semer, Márcio Sotelo Felippe, Patrick Mariano, Rubens R.r. Casara.

No Brasil despedaçado forças políticas e sociais retrógradas nos mergulharam em um período de trevas, trazendo do passado formas políticas e de mando que não se envergonham de sua filiação fascista. Os temas deste livro são os reflexos nocivos do imaginário neoliberal na sociedade, crimes contra a humanidade, o desprezo ao ser humano ultrapassando o limiar da barbárie. O fascismo redivivo. O populismo penal, o discurso autoritário que corrompe a Constituição, o empobrecimento cultural.
O louvor à morte. O genocídio a que a pandemia deu a ocasião. A eugenia negacionista que conduziu ao extermínio de milhares de brasileiros, especialmente pobres, idosos, negros, indígenas e que levou cidadãos brasileiros à morte, não em câmaras de gás, mas por asfixia. Se por um lado lamentamos a sorte de termos sido testemunhas de um tempo tão deplorável, por outro nos sentimos gratificados pela resistência que nossos textos representaram. Esperamos que esta coletânea seja útil aos contemporâneos para ajudar a compreender como isto tudo foi possível, e que no futuro seja útil também como um certo registro da tragédia do Brasil, que verá emergir novamente a civilização para, como já ocorreu no antigo fascismo, acertar contas com seus responsáveis.

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